Asfalto dá sinais de fadiga de material
Anos atrás, Sertanópolis passou por um completo programa de recuperação asfáltica. Foram recapadas quase todas as ruas da cidade. Algumas em CBUQ, como foi o caso de trechos das ruas São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal. A grande maioria, porém, recebeu recape com micropavimento, através de um caminhão usina, do Consorcio Cindepar. Meses depois, o consórcio foi alvo de investigações do Gaeco e o presidente acabou detido. Até agora o resultado das investigações não foi divulgado.
O micropavimento é uma espécie de emulsão asfáltico com espessura de 0,8 a 1,0 cm, que aplica uma capa protetora sobre o asfalto antigo, dando uma sobrevida de cerca de 3 a 5 anos ao pavimento. Com o tempo, devido a fina espessura, o material começa se deteriorar e não aguenta tráfego intenso e pesado.
Em Sertanópolis, em que pese o bom trabalho realizado, as ruas que receberam o micropavimento agora começam a mostrar sinais de fadiga do material. As rachaduras apareceram e alguns pontos os sintomas são mais graves, com movimentação do material e a criação das chamadas “costelas de vaca” e borrachudos. O próximo prefeito vai enfrentar, de início, a necessidade da recuperação de algumas ruas.
O recape em CBUQ é mais caro, porém a sua qualidade e durabilidade é muito maior. Enquanto o micropavimento tem um tempo de vida útil máxima de 5 anos, o CBUQ aguenta em torno de 20 anos, com tranquilidade. Em Sertanópolis a diferença pode ser notada nas ruas que foram utilizados o CBUP e as ruas que receberam o micropavimento. Enquanto o CBUQ se mostra estável e sem nenhum sinal de fadiga, nas ruas que receberam o micropavimento, já é possível notar as primeiras falhas.
O resultado comprova que o mais barato nem sempre é bom. A economia não se mostrou eficaz. Em breve, algumas ruas deverão ser recuperadas.
