Com posse de 429 policiais penais,Paraná fortalece gestão da segurança pública
O Paraná passa a ter a partir desta terça-feira (11) mais 429 policiais penais em ação em todo o Estado. Nomeados pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior e empossados em solenidade realizada no Palácio Iguaçu, o novo grupo de servidores passa a integrar oficialmente o Quadro Próprio da Polícia Penal do Paraná (PPPR) fortalecendo a estrutura dessa força de segurança e ampliando a capacidade operacional do sistema prisional no Paraná. Os novos servidores foram aprovados em concurso público realizado em 2024. Com esse reforço no quadro, a PPPR passa a contar com 2.960 servidores ativos, distribuídos em unidades prisionais de todas as regiões do Paraná. A formação desses policiais penais permite melhorias nas rotinas de segurança, custódia, escolta, vigilância e tratamento penal, além de contribuir para a ampliação de programas de capacitação, investimentos em tecnologia e ações de reintegração social. O governador destacou, ainda, que o esforço do Governo do Estado tem se refletido no dia a dia da população. “Estamos vivendo com o menor índice de criminalidade da nossa história. Diminuímos em 80% o roubo no estado do Paraná. Os homicídios também caíram. Isso é fruto de organização, muito investimento e acima de tudo de um time muito motivado, comprometido e de gente séria trabalhando”, finalizou. Durante o evento, o governador Ratinho Junior destacou que o orçamento da Segurança Pública passou de R$ 2 bilhões, em 2019, para R$ 8 bilhões. Esse aporte é visto pelo secretário Hudson como uma vitória para a segurança pública. “É um investimento na qualidade de vida tanto quanto na segurança, porque sem segurança não se faz nada, não se vai à escola tranquilo, ao mercado, ao trabalho. Não se tem lazer. A segurança é licença para muita coisa”, acrescentou Teixeira. O impacto financeiro previsto com a incorporação dos novos servidores é de R$ 37.065.599,98 para o exercício de 2026, investimento que reflete a prioridade do Estado em valorizar seus profissionais e modernizar o sistema prisional. FORMAÇÃO – A formação dos novos policiais penais contou com uma carga horária total de 530 horas. A programação incluiu cinco eixos principais: Institucional e Tratamento Penal, com 36 horas cada; Fundamentos Jurídicos, com 66 horas; Segurança e Operações Policiais, 346 horas; e Saúde e Qualidade de Vida do Servidor, com 37 horas. “Os alunos ainda participam de avaliações práticas e teóricas, totalizando nove horas de provas e testes finais. Eles representam a consolidação de uma polícia moderna, humana e preparada, totalmente integrada ao sistema de segurança pública estadual”, afirmou Ananda. “O treinamento foi intenso, foram meses do curso de formação, e eles saem preparados não só tecnicamente, mas também com o espírito de entender o preso e ajudar também na ressocialização. Não é apenas a segurança e a disciplina, nós prezamos muito também por essa ressocialização da pessoa privada de liberdade”, contou a diretora-geral. POLÍCIA PENAL – Uma das forças de segurança que mais cresce no Estado, a PPPR atua atualmente na gestão de 40 penitenciárias e 79 cadeias públicas, gerenciando mais de 40 mil pessoas privadas de liberdade e 17 mil monitoradas por tornozeleiras eletrônicas. Desde sua criação, já recebeu mais de R$ 36 milhões em investimentos. Foram comprados 330 fuzis, 60 magnificadores, além de óculos de visão noturna e canil. A infraestrutura da instituição também foi ampliada com a aquisição de 225 viaturas, 1.400 coletes balísticos e 2.587 kits de uniformes com nova identidade visual. Em relação à progressão de carreira, foram promovidos em 2025 – pela primeira vez sob os novos moldes do QPPP – 1.181 policiais penais. FIM DA ESPERA – Escolhido para ser o orador da turma, o paulista Cassio Fernandes de Oliveira, de 35 anos, já atuava como policial penal em Minas Gerais, mas decidiu trocar de casa assim que pisou na capital paranaense. Quem também trocou Minas Gerais pelo Paraná foi Matheus de Oliveira Tomas, de 31 anos. Carioca de Teresópolis, ele esteve por três meses na Polícia Militar mineira antes de também encarar o desafio do concurso para a Polícia Penal paranaense. O motivo da escolha é bem simples. “Foi pela estrutura do Estado, por tudo que o governo pode oferecer pra gente como servidores públicos e que infelizmente em alguns lugares não há essa mesma situação. Aqui a gente pode servir com plena eficiência na nossa função”, comentou. “A estrutura é muito boa, com todo um procedimento que privilegia a segurança dos servidores, dos terceiros e das pessoas que são privadas da liberdade”, destacou Matheus. Para ele, o treinamento cumpriu todas as expectativas, abrangendo desde questões de direitos humanos, de como deve ser o tratamento com os presos, até a parte operacional.

