A saúde na UTI
Embora Primeiro de Maio não possua leitos de UTI, o Serviço de Saúde está internado, moribundo, quase desfalecido. A péssima administração realizada pela parente da Prefeita, Maria Rita Casanova, tem levado boa parte da população reclamar dos serviços que a tempos não são oferecidos a contento.
Senão, vejamos. Grande parte dos médicos contratados não atendem a população em suas necessidades. Nos distritos, poucos médicos atendem apenas uma vez por semana, isso quando não faltam. Na cidade, até que existem médicos diariamente, uma obrigação da administração. Porém, especialidades nem pensar.
Cardiologistas, oftalmologistas, ortopedistas, ginecologistas são especialidades raras. A maioria dessas especialidades são atendidas pelo Cismepar, um consórcio de saúde formado por dezenas de municípios da região.
O hospital mesmo não tira nem unha encravada, o que dizer procedimentos mais sérios ou mesmo de baixa complexidade. A quanto tempo não nasce um bebê em Primeiro de Maio?
De que adiantou reformar o hospital, se ele não funciona. O máximo que consegue é tacar um soro na veia e despachar para Londrina, Ibiporã ou Rolândia. A população reclama e, com razão. Enquanto isso, a Secretária de Saúde e seus amigos e amigas, vai ouvir palestras em Curitiba.
Se ao menos trouxesse uma dipirona na mala, um sonrisal, um doril. Mas nada. O negócio é viajar com dinheiro público, se hospedar em hotéis de estrelas, com carros oficiais e motoristas.
Depois nos processam por dizermos a verdade. Magoados, este jornal tem sofrido retaliações por mostrar aquilo que a cortina de fumaça impede algumas pessoas de verem. Não vão nos calar. Pelo contrário, vamos continuar mostrando a baixa qualidade da saúde em Primeiro de Maio e nos distritos de Ibiaci e Vila Gandhi, onde falta até ambulância para o transporte de pacientes.
Caso você queira ser atendido, tem que agendar com antecedência, acordar as cinco horas da madrugada, aguentar um ônibus sacolejante até Londrina ou cidades vizinhas, ficar sem almoço, no calor, na chuva e voltar para Primeiro de Maio no final da tarde, com o corpo todo dolorido e o problema não resolvido. Pobre cidade. A saúde está na UTI.
Acima as unidades de saúde de Vila Gandhi e Ibiaci. Em Ibiaci, falta remédio e a conservação está em péssimo estado. A falta de médicos e descaso com a população também é constante.
Acima o posto de saúde e hospital de Primeiro de Maio e a condição também não é das melhores. Quem precisou de remédio ou atendimento, recorreu a quem?