O legado de Maria Ritha
Dias atrás, viralizou na internet algumas fotos do Hospital Geral de Primeiro de Maio, onde alguns urubus fizeram do telhado seu local de descanso favorito. Consideradas aves de mal agouro, os urubus calmamente aguardavam, talvez, algum desfecho trágico. Tido como uma da pior saúde do Paraná, a cidade de Primeiro de Maio amargou um triste e decadente 396º lugar entre as 399 cidades do Estado. O município somente ficou à frente de três municípios, cujas rendas per capita e habitacional são muito inferiores a Primeiro de Maio. Uma vergonha para um município que pretende ser “capital do turismo” do norte do Paraná. O resultado é reflexo da insuficiente administração na área da saúde, capitaneada por Maria Ritha Casanova Xicarelli, parente próxima da Prefeita Bruna Casanova, eleita por dois mandatos consecutivos. Foram oito anos de muitas reclamações, falta de remédios simples, médicos insuficientes e um pequeno investimento na área da saúde, cuja lei prevê 15% do total arrecadado pelo município a ser investido na saúde. A foto, que reproduzimos nessa matéria é uma triste realidade do fundo do poço a que chegou a saúde de Primeiro de Maio. Sempre é bom lembrar que sem uma saúde eficaz, vários investimentos deixam de vir para a cidade, como, por exemplo, novas indústrias e, com isso, menor índice de investimento, geração de emprego, déficit de renda e outras consequências. Um empresário de outro município não investirá numa cidade onde seus funcionários estarão desassistidos por dois setores básicos: A saúde e a educação. Uma pena, mas não há como relembrar o ranking Previne Brasil do Governo Federal que analisa a saúde dos municípios brasileiros, com base em uma série de fatores, tais como exames pré-natal, atendimento odontológico e as crianças vacinadas, entre outros indicadores. Fica a dúvida: Se alguém não conseguiu administrar um setor da prefeitura, a saúde, conseguirá administrar toda uma cidade? É preocupante.