Descarte a céu aberto em Sertaneja gera preocupação
Um depósito para resíduos de poda e grama existente em Sertaneja tem sido motivo de reclamações dos moradores do Jardim Nova Aurora, localizado próximo ao local. Segundo denúncias recebidas pelo Jornal da Cidade, no final de julho, ocorreram a queima de dejetos e a fumaça e o mau cheiro invadiram a cidade. Até a polícia foi acionada para tentar solucionar o caso.
O descaso com o local é criticado pelos moradores. Segundo eles, nem a Prefeitura, nem o IAP tomaram providências, uma vez que, segundo a lei, os resíduos sólidos devem ser descartados em valas protegidas com mantas ecológicas e cobertas com terra, constantemente.
Existem várias formas de descarte do lixo doméstico produzido pelas cidades: O lixão a céu aberto (a pior forma), o Aterro Controlado (embora inadequado, ainda é melhor que o lixão a céu aberto), o Aterro Sanitário, a Incineração, a compostagem, as usinas de tratamento térmico e a coleta seletiva.
Embora o Secretário de Meio Ambiente, José Antônio Pimenta, conhecido por Polaquinho, tenha informado à nossa reportagem que existe um PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas para aquele local, o projeto ainda não saiu do papel. Segundo ele, “será feito o isolamento e a recuperação do local. O nosso resíduo sólido urbano (lixo doméstico), é levado para o Sanetran, em Assaí”, afirmou. Polaquinho é primo do vereador Fábio Pimenta, o que caracteriza nepotismo cruzado.
Entramos em contato com a empresa Sanetran e, através do Gerente Regional, Rodrigo Cruvinel, recebemos a seguinte informação: A empresa venceu licitação no município de Sertaneja para destinação do resíduo sólido (lixo doméstico). O lixo é recolhido por um caminhão da empresa, 3 vezes por semana, inclusive nos bairros e distritos, às segundas, quartas e sextas. O valor atual do contrato é de R$ 331.542,53 e está prestes a ser aditivado. Segundo ele, “o valor ainda é compensador para a empresa. Conseguimos um local que estava degradado em Assaí e recuperamos.
Em troca, pagamos apenas uma taxa por tonelada depositada. A empresa dispõe de todos os equipamentos, coisa que muitas prefeituras não possuem. Hoje a legislação ambiental é muito rígida. A prefeitura deve ter o aterro dentro dos padrões, dispor de um trator esteira e caminhões compactadores de lixo, além da mão de obra. Em prefeituras com população abaixo de 30 mil habitantes não compensa ter esse tipo de serviço. Até prefeituras maiores estão terceirizando a coleta de lixo”, explicou. Depois que a Sanetran passou operar em Sertaneja, a população tem aprovado o trabalho e, numa pesquisa de satisfação realizada recentemente, um dos tópicos que chamou a atenção foi a redução da quantidade de moscas no município, o que comprova o bom trabalho da empresa.
No entanto, o local onde estão sendo depositados os galhos de podas em Sertaneja está muito próximo da área urbana, cercada por conjuntos habitacionais e muitos moradores ainda jogam lixo no local, que acabou se tornando uma espécie de lixão a céu aberto, misturado com restos de construção, galhos de árvores e até animais mortos.