Sertanópolis

8 anos de maquiagem e bijuterias. Parte XXV: Aqui ninguém come!

Infelizmente, o brasileiro tem memória curta. Porém, este jornal vai relembrar uma época crítica vivida pelos funcionários da Saúde e da Educação.
Talvez você não se lembre, mas na administração do Imperador Tide I, o sovina os funcionários, médicos e enfermeiras do Sermusa, mesmo em horário de trabalho, não podiam comer o arroz com feijão preparado na cozinha do Hospital. Os funcionários traziam de casa suas marmitas para, no horário do almoço ou da janta, poderem comer. Lembram?
Ah, tá. Não se lembra. Então perguntem a algum funcionário do Sermusa dessa época, por volta de 2013. O regime de fome, imposto pelo Tide, a mando de sua tirânica horda de funcionárias mão de vaca, durou até a entrada da humana Prefeita Ana Ruth, que restabeleceu o benefício.
O mesmo aconteceu na Educação. Eram servidos milhares de pratos de comidas aos alunos, mas os professores, diretoras e funcionárias não podiam comer a merenda dos alunos. Como se meia dúzia de pratos fosse falir a prefeitura. Era um verdadeiro regime autoritário, cujo único objetivo era mostrar que ele mandava. Que as pessoas tinham que fazer aquilo que ele queria. Não importava que fosse em horário de expediente. E tem mais, os professores não podiam almoçar em suas casas. Eram obrigados permanecer no serviço, até o final do horário das aulas. Lembram das salas dos professores? Cada uma levava uma fruta, um salgado, uma marmita e dividiam solidariamente entre si, porque o Sr. Tide deu ordem para ninguém comer nas escolas.
Lembram? Perguntem a alguma professora que deu aula nessa época.
Aí depois vem ele, na sua ufanista, megalomaníaca, estrondosa e mentirosa revista impressa em Londrina (alô, gráficos da cidade: Tá na hora de retribuir da mesma maneira), vem dizer, na página 34 em diante, que a “Educação foi tratada com atitude e dedicação”. Sim, foi tratada com uma atitude autoritária, déspota, ditatorial e opressiva, proibindo os funcionários em horário de serviço, não poderem se alimentar.
Gente, nos desculpem, mas votar num cara desses, ninguém merece. Na revista, fala apenas nas reformas feitas nas escolas. Reformas uma pinoia! Foi apenas manutenção. Pintura, reparos elétricos e hidráulicos, coisa que em toda construção deve ser feita. Afinal, os materiais se deterioram com o tempo.
O Imperador Tide, tratou os funcionários da Educação e do Sermusa com autoritarismo e crueldade. Em sua revista, essa parte ele pulou. Não falou nada. Depois, com dor na consciência, ia levar uma pizza no Sermusa para fazer média com as enfermeiras.
Pedimos aos funcionários da Educação e do Sermusa que se lembrem desse pequeno, porém importante detalhe, na hora de escolher o próximo prefeito. Lembrem-se da barriga roncando de fome, da comida fria na marmita feita de madrugada ou com restos da janta na noite anterior. Vamos lá, puxa-sacos. Digam que isso é mentira. Desafiamos qualquer um a dizer a verdade, não nas patacoadas da revista mentirosa, enganosa e que só mostrou o que ele bem quis.
Lembrem-se funcionários do Sermusa e da Educação o quão difícil foi essa época? Querem passar novamente por isso? Que tal pagar na mesma moeda? No próximo capítulo estaremos lembrando os tempos negros da reciclagem, a falta de condições de trabalho, a dificuldade de dar oportunidade a um número maior de pessoas e não apenas a uma família, fato que deu até polícia. Lembram, recicladores? Na próxima edição.
Vamos juntar todos os capítulos dessa saga numa só edição. Iremos mostrar a verdade, nua e crua. Não será igual a revista colorida, mas será verdadeira, incontestável. Aguardem.
Tide não!