Primeiro de Maio

Prédio que seria usado pela Câmara não funciona

O prédio construído para abrigar a Câmara de Vereadores de Primeiro de Maio ainda encontra-se abandonado. A obra, inaugurada em dezembro de 2012, foi usada poucas vezes e depois, abandonada.

A obra apresentava problemas de acessibilidade, acústica, goteiras e outros problemas físicos e estruturais. Com área de cerca de 250m2, na esquina da Rua 01 com a Rua 18, na saída para Alvorada do Sul, possui auditório com capacidade para cerca de 120 pessoas sentadas. Somente metade do projeto inicial foi finalizado. Na época, a construtora foi acionada para que corrigisse os problemas verificados. No entanto, não houve acordo e a construtora sumiu do mapa. Uma perícia técnica apontou problemas ainda mais graves que aqueles vistos a olho nu.

Segundo o laudo de dois engenheiros, foram constatadas as seguintes anomalias: O Código de Segurança contra incêndio e Pânico foi reprovado pelo Corpo de Bombeiros, pois o prédio possui apenas uma saída, com problemas de obstrução. Faltam equipamentos de acessibilidade, como corrimões, barras de apoio, rota de fuga e rampa de acesso para os ambientes internos. Uma marquise prevista no projeto não foi construída e o banheiro para portadores de deficiência não está de acordo com as normas técnicas. Existem degraus com mais de 30 cm de altura. Não foram desenvolvidas soluções de acústica e conforto térmico. O prédio foi interditado pelo Corpo de Bombeiros. Existem trincas e fissuras preocupantes nas paredes, o que demonstra haver um problema mais sério nas paredes, feitas com blocos de concreto, sem vigas. A construtora não seguiu as recomendações do projeto que previa a amarração das fiadas dos blocos de concreto. O forro de gesso está comprometido, pois a estrutura metálica sofreu movimentação. Foram constatadas infiltrações e problemas na laje.

Depois do problema, a Câmara negociou com a Prefeitura e foi feita uma permuta com o imóvel da antiga Biblioteca Municipal, que foi transferida para a Biblioteca Cidadã. Quem acabou ficando com o abacaxi foi a Prefeitura. Mesmo depois de anos, o prédio ainda encontra-se parado, sem uso.

Com o abandono, veio a deterioração. Pombos invadiram o local, vidros foram quebrados e as instalações estão ainda mais comprometidas. Cada dia que passa a despesa para a reforma aumenta. É preciso sanar esse desperdício do dinheiro do contribuinte. Os vereadores alegam que o caso está na Justiça e que, até a conclusão do processo, nada pode ser feito. Porém, também não fazem nada para acelerar a movimentação da ação.

Essa negligencia, esse descaso penaliza a população, que poderia estar economizando, evitando o aluguel de imóveis e revertendo para comunidade a utilização daquele patrimônio. É preciso cobrar, tomar uma atitude e resolver em definitivo a questão.

O prédio da Câmara de Vereadores de Primeiro de Maio está inativo, sem uso, aguardando resolução do impasse junto a construtora, sem acordo até o momento. Dinheiro jogado fora.