Primeiro de Maio

Baixa da represa revela ruínas da antiga ‘vila nova’ em Primeiro de Maio

Ruínas de construções de um tempo em que Primeiro de Maio dispunha de um terceiro distrito estão reveladas com a baixa no nível da água da Represa Capivara.
São fundações, alicerces, terreirões de secagem de café, caixas d’água, antigos poços e até mesmo alguns objetos como uma chave e uma xícara, que com a represa em 28,88% de seu volume útil (Fonte: ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico em 23/09/2019), revelam um pouco da história da ‘Vila Nova’, um distrito populoso de Primeiro de Maio nas décadas de 50 e 60, que foi dizimado e submerso pela cheia da represa em meados da década de 1970.
Muitas histórias desta importante localidade são contadas pelos mais antigos moradores de Primeiro de Maio e foi muito bem aprofundada na produção Didático-Pedagógica, “Unidade Temática”, prevista no Projeto de Intervenção Pedagógica como estratégia de ação a ser utilizada pela professora PDE durante a Implementação do Projeto na Escola, como requisito ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, feito por Dulcimar Ferreira dos Anjos, em 2008, com o título ‘REPRESA CAPIVARA: IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS E ECONÔMICOS NO MUNICÍPIO DE PRIMEIRO DE MAIO’.
Mais do que a perca material, neste trabalho a autora expõe a perca da simbologia cultural, ao citar um trecho do trabalho de Franklin Daniel Hothman, Vidas Alagadas: Conflitos Socioambientais – Licenciamento e Barragens, que diz: “Há perdas que são resultantes da própria desestruturação de relações predominantes, da eliminação de práticas, da perda de valores e recursos imateriais (religiosos, culturais) como a dispersão de grupos familiares, lugares com importância simbólica e religiosa”.
Dulcimar mesmo cita um trecho de uma reportagem da Folha de Londrina (28/11/1975 – p..6) “Porém existe um lugar onde só a fé está segurando uma pequena parte da população: Vila Nova, no município de Primeiro de Maio. O vilarejo se constitui na única comunidade a ser inteiramente coberta pelas águas. (…) E os moradores que ainda permanecem, aguardam apenas a derradeira festa religiosa no lugar (…) “festa da despedida””.
É um pouco da história de Primeiro de Maio, contada em imagens e narrativa.
Por Mateus Leite – Secretaria de Governo e Comunicação – PMPM

Fonte:https://www.facebook.com/PrefeituradePrimeirodeMaio/