Bruna Casanova recebe frota e hospital em estado precário
O primeiro mês de gestão da prefeita recém empossada Bruna Casanova (PP), de Primeiro de Maio, está sendo marcado pelas dificuldades em colocar ‘a casa’ em ordem e atender a população no que diz respeito ao transporte, principalmente o escolar, e também a saúde no Hospital Municipal. O primeiro mês de gestão da prefeita recém empossada Bruna Casanova (PP), de Primeiro de Maio, está sendo marcado pelas dificuldades em colocar ‘a casa’ em ordem e atender a população no que diz respeito ao transporte, principalmente o escolar, e também a saúde no Hospital Municipal.
A maior parte dos veículos disponíveis estão em péssimas ou sem qualquer condição de uso ou ainda quebrados, batidos e sem peças, e viaturas municipais deterioram no pátio do Barracão da Prefeitura e também encostados no Estádio Municipal.
Sem licitação para compra de pneus, o transporte escolar para a rede pública de ensino começou a passar por um revezamento até que a atual Administração licite os pneus para a frota. Com isso, crianças correm o risco de perder dias letivos de aula. “Praticamente 100% da frota está sem pneus. Havia a informação antes de assumirmos de que havia sido feita uma grande compra de pneus, mas a realidade que encontramos é bem diferente” diz Luciano Velasco Benites, Secretário Municipal de Viação e Transportes.Para mostrar a “herança” de gestões anteriores, a administração decidiu fazer registros com fotos datadas e inventariar de que forma recebeu a frota.
“Não tenho conhecimento de por que chegou nesta situação. Mas o problema já temos, queremos agora buscar a solução. Para isso já montamos uma força tarefa com a nomeação de uma Comissão de Licitação, estamos também fazendo os levantamentos financeiros e nossa prioridade nesse momento é normalizar o transporte para que a população não volte a ser prejudicada. Queremos que os moradores vejam com os próprios olhos a situação que encontramos ao assumir”, diz a prefeita, Bruna Casanova.
Além do amontoado de sucatas e pneus sem condições de uso no Barracão da Prefeitura, ao realizar o levantamento de patrimônio a administração ainda descobriu pelo menos cinco veículos em oficinas de Primeiro de Maio e Londrina aguardando reparos mecânicos. “Um caminhão caçamba foi rodando até Londrina para que seu motor fosse retirado e colocado em outro que estava quebrado na oficina e isso já faz mais de um ano” disse o secretário. Junto a este caminhão está um ônibus Scania também em estado de sucata. Encostada em uma outra oficina está uma ambulância que aguarda ordem de serviço e pagamento para arrumar o motor fundido, isso pela segunda vez em praticamente um ano.
Já em uma oficina de Primeiro de Maio está uma Van da saúde e o carro oficial do executivo, um Toyota Corolla, prata, também com motor fundido.
A Prefeitura ainda contabiliza o valor que será necessário investir no reparo das viaturas, mas a prefeita adianta que alguns orçamentos superam o valor de mercado do bem. Nestes casos, a administração estuda realizar um leilão. “Veículos e máquinas estão parados, sem manutenção, sem possibilidade de utilizar para fazer o transporte ou serviços, ou para fazer algum outro serviço ligado à Prefeitura. O serviço está prejudicado em razão de a frota estar nesta situação precária”, completou a prefeita.
Saúde em estado crítico Arquivos e prontuários médicos estão jogados em uma sala sem portas nos fundos do Hospital Municipal e são vigiados apenas por uma ambulância com motor fundido abandonada ao tempo a poucos metros dali. No interior do prédio o cenário é de desolação. Paredes rachadas, infiltrações, pisos e salas sem sequer o forro no teto circundam a lavanderia onde as máquinas se ligadas sem supervisão de uma funcionária com extintor na mão correm risco de pegar fogo.
É dessa forma que a administração Bruna Casanova pegou o hospital ao assumir a prefeitura no dia 01 de setembro. “Temos muito trabalho. O Hospital Municipal tem sérios problemas estruturais que foram se ampliando ao longo do tempo por falta de manutenção e esperamos conseguir deixá-lo em uma condição decente no menor tempo possível e ainda temos o compromisso da regional que nos ajudará a organizar a atenção primária e a manutenção para manter o hospital em condições de funcionamento” disse a Secretária de Saúde Fabiane Favarão Reis.
Mas os problemas da saúde não param no hospital. Na Unidade Básica de Saúde uma obra de ampliação foi iniciada com atraso e por este motivo o recurso do Governo veio pela metade. “A outra parte necessita de uma justificativa para que seja liberada. Já foi feito isso anteriormente e aguardamos a resposta positiva ou negativa. Enquanto isso fica aquela bagunça” disse a secretária.
Além dos problemas estruturais os administrativos também chamam a atenção. Durante o período de transição, uma equipe da nova administração esteve em uma reunião na 17ª Regional de Saúde, em Londrina, onde descobriu que recursos destinados a melhorias no setor de vigilância, como o programa VigiaSUS, estavam parados a longa data simplesmente por falta de projetos e orçamentos. “Nós corremos o risco de ficarmos sem esse repasse no ano que vem porque em anos anteriores os recursos já disponíveis sequer foram gastos. Mas já fomos orientados pela Regional de Saúde da melhor forma e aos poucos vamos colocar tudo em ordem” finaliza a prefeita Bruna Casanova.