Casanova deveria ter reajustado IPTU em 2022
A ex-prefeita Bruna Casanova deveria ter reajustado o IPTU de Primeiro de Maio em 2022, mas, devido à proximidade com o ano eleitoral, resolveu não corrigir os valores venais dos imóveis da cidade. O Tribunal de Contas do Estado do Paraná emitiu recomendação a todos os 399 municípios para que procedessem a atualização das Plantas Genéricas de Valores (PGV), que estavam defasadas. Entre os municípios com menos de 20 mil habitantes, cerca de 263 cidades (62%) estavam com a Planta Genérica sem correção. Primeiro de Maio era uma delas. A prefeita da época, Bruna de Oliveira Casanova, contratou a empresa G.A. Assessoria e Consultoria Empresarial, registrada através do CNPJ 18.236.979/0001-67, pelo valor de R$ 517 mil, para que fosse feito um georeferenciamento dos imóveis da cidade. Foram utilizados drones (muitos moradores da época devem se lembrar) para o levantamento. Alguns meses depois, o contrato foi acrescido várias vezes, chegando a mais de 700 mil reais. Após gastar essa fortuna, por estar próximo das eleições municipais, Bruna engavetou o processo para não reajustar o IPTU. Isso é improbidade administrativa e, infelizmente, a Câmara Municipal da época não abriu um pedido de cassação de mandato, que seria o correto, já que não cumpriu a indicação do Tribunal de Contas. Novamente o Tribunal solicitou que o município de Primeiro de Maio atualizasse a Planta de Valores, que caiu direto no colo do atual prefeito Bruno Santa Rosa. Ele então, foi obrigado a cumprir a determinação do Tribunal de Contas e fez o solicitado, já que a prefeita anterior se acovardou. A decisão foi parar na Câmara de Vereadores e o Legislativo teve que cumprir o determinado. Sob o comando do inelegível Emerson Petriv, o Boca Aberta, a sessão da Câmara tornou-se uma balburdia. Lógico que ninguém gosta que seu bolso seja atingido, pelo mínimo que seja. Desafiamos qualquer proprietário de imóvel vender sua casa, terreno ou prédio pelo valor venal. Em todas as cidades, o valor venal está bem abaixo do valor de mercado. A ordem partiu do Tribunal de Contas e o Prefeito Bruno Santa Rosa teve a coragem, no início de seu mandato, de tomar o amargo remédio do reajuste da Planta Genérica de Valores. A pergunta que não quer calar é: Um caminhão de som vem, de Londrina a Primeiro de Maio sem óleo diesel? Sem motorista? Sem operador de som? Sem lanche? Quem pagou a conta? São perguntas a serem respondidas. O presidente da Câmara, Lucas Renzi não teve receio e fez aquilo que outros já deveriam ter feito a anos atrás: Colocou o polêmico projeto em votação. O resultado foi mantido, mesmo sob a pressão de alguns moradores. Por 6 votos a 3, o projeto foi aprovado. Os vereadores dessa gestão não tiveram culpa, pois já deveria ter sido votado a anos atrás. O Prefeito Bruno Santa Rosa também não teve culpa, pois caiu no seu colo, já que a ex-prefeita se acovardou e não enviou o projeto para a Câmara. Apesar do remédio amargo, a atual administração cumpriu as ordens do Tribunal de Contas e fez o que deveria ser feito, coragem seja dita.