Saúde é o principal problema de Primeiro de Maio
Cerca de metade da cidade de Primeiro de Maio considera a saúde como principal problema do município. O atendimento dos profissionais de saúde é exemplar, no entanto, ninguém consegue fazer milagre, caso não sejam oferecidas boas condições de trabalho.
Jornadas exaustivas, falta de equipamentos, deficiência de remédios e condições mínimas de trabalho desgastam os profissionais e irritam a população. Nossa reportagem esteve na porta do Hospital Municipal e perguntamos para as pessoas que saiam do atendimento. A resposta era sempre a mesma. “Ruim, péssimo, não tem remédio, falta condições” e mais um monte de reclamações.
Uma das mulheres que havia acabado de deixar a consulta, com suspeita de dengue, sentia muitas dores no corpo e mais alguns sintomas típicos de dengue. Receitaram dipirona para ela, mas estava em falta. Segundo a responsável pela farmácia, o remédio iria chegar no outro dia.
Uma garota, com corte no pé, saiu do hospital com um curativo e a mãe estava indignada. “Não deram nenhum remédio, nenhum antibiótico. Se fosse para fazer só um curativo, a gente mesmo fazia. Qualquer farmácia faz. Mas se for algo mais sério. Ela pisou num pedaço de ferro de construção, perto de casa. E se der complicação, como é que fica? Deviam fazer um exame”, relatou indignada.
Em sua maioria, as pessoas pedem que o sigilo seja preservado, temendo perseguições. A cidade é pequena e, como uma delas disse, “agora eles não têm nada a perder. Quem perde é a gente, que mora aqui. Tá final de mandato e tá tudo ao Deus dará”, afirmou.