8 anos de maquiagem e bijuterias. Parte XXVII: A média desmedida
O Sr. Aleocídeo gostava de fazer uma média com os vereadores. Sancionava tudo, aceitava tudo que os vereadores faziam. Era medroso, um fracote. Foi ele que sancionou, aprovou, validou, legalizou, homologou as leis que mudavam o nome da cidade de Sertanópolis. A maioria de autoria do ex-vereador Pastor Antônio e algumas em parceria com o vereador Glauco Ghislere.
Essas leis, feitas com objetivo de fazer média com as famílias ou por absoluta falta de ter o que fazer, foram feitas sem consultar os moradores, sem aviso prévio. Era preciso uma audiência pública, um debate sobre o assunto. Erraram os vereadores. Todos. Uns porque apresentaram esses projetos para denominação das ruas que já tinham nome e todos por aprovarem a mudança. Se fosse vereador, iria votar contra. Os moradores foram consultados? Não.
Se fosse prefeito iria vetar a lei da mudança.
Mas não. O Sr. Tide era um borra botas e não teve a coragem de impedir a mudança. Queria fazer uma média com os vereadores, tinha medo de magoar e perder o voto de alguns deles. Depois da lei pronta, caiu no colo da Prefeita Ana Ruth, mais esse pepino deixado pela administração anterior. Ela se viu obrigada fazer com que as leis fossem cumpridas. Cabia aos vereadores terem votado contra e, mais ainda, ao Prefeito Aleocídeo barrar a lei absurda.
Se fosse para dar nomes nas ruas de um loteamento novo ainda vai. Mesmo porque vereadores só servem para dar nome em ruas, pedir quebra-molas e menções honrosas. Ah, servem também para gastar dinheiro público, ganhando uma fortuna para ir uma vez por semana na Câmara e assistir uma rápida e enfadonha reunião, fazer cursos de conteúdo duvidoso e viagens sem qualquer resultado, apenas gastando estadia, diárias e gasolina.
Não dá para entender a qualidade da administração Tide. Pegou uma prefeitura redondinha, depois da administração do excelente ex-prefeito Reinaldo Ramos Reis. Sertanópolis tem boa arrecadação, com dois moinhos de trigo, várias industrias e uma agricultura pujante. Não tem como o prefeito ser ruim. Trabalhar com dinheiro é fácil. Difícil é fazer das tripas o coração, com uma cidade deficitária e muitas obras por fazer. Foi um prefeito regular. Nada de excepcional.
Ele agora quer voltar.
Voltar para fazer o quê? Catar copinhos plásticos nas ruas, receber elogios de quem precisa dele? Faça o favor. Vai prá casa, vá cuidar das suas coisas. Que vaidade é essa? Essa necessidade de ostentação.
Ele não.
Dezenas de ruas em loteamentos já existentes tiveram os nomes trocados. Tide poderia ter vetado, mas sancionou as leis.