Sertanópolis

Isso pode?

Sertanópolis está tendo um prejuízo enorme com a construção das novas instalações da Câmara Municipal. A atual presidente, Leila Pissinati, ao assumir, em janeiro deste ano (9 meses atrás), esboçou uma reação, porém, nada fez. Os demais vereadores precisam cobrar uma atitude, principalmente os que não assinaram a autorização para construção.

O jurídico da Câmara, que está sendo pago para encontrar soluções favoráveis à Câmara precisa mostrar a que veio, pois, trabalhando poucos dias por semana, o Dr. Jeferson Camargo precisa impedir, legalmente, o consumo desenfreado do dinheiro público, que está sendo vilipendiado por uma obra mal planejada. Essa hemorragia econômica já torrou cerca de 500 mil reais, em ferro, mão de obra, cimento, tijolos, areia e cal, que escorreram, literalmente pelas bocas de lobo do Residencial onde está sendo construída a Câmara.

Não bastasse, o Legislativo continua dando despesas e arrumando problemas. Um concurso, que deveria ter sido realizado, até o momento não aconteceu. Após indícios de irregularidades, a Justiça determinou a suspensão do concurso público para advogado, assistente administrativo, contador e técnico de gestão legislativa. O concurso foi aberto em dezembro de 2018 e as provas iriam acontecer no início de 2019. Até hoje não foi realizado e os valores das inscrições não foram devolvidos.

Chega-se a conclusão que ocorrem muitas despesas por parte do Legislativo sem haver uma contrapartida, que gere conquistas para o município, na forma de obras, emendas, economia, dinamismo, praticidade.

A Câmara Municipal de Sertanópolis tem um custo mensal com salários de R$ 77.998,00. Some-se a isso, o consumo de água, energia elétrica, cafezinho, suprimentos, material para escritório, limpeza, carro com gasolina, etc. Ou seja: Bate nos 100 mil por mês. No ano, chega-se a bagatela de R$ 1,2 milhão, dinheiro suficiente para muitas obras que o município. Gasta-se tanto que não conseguem gastar tudo e são obrigados devolver, no final do ano, uma quantia ao Executivo. A principal função do vereador vem entremeada por uma narrativa subliminar, que dificulta o andamento da gestão, quando se é de oposição e por uma notória bajulação com interesses, quando se é situação. Tanto uma como outra, não constroem. Não fiscalizam.

Verdadeiros focos de vaidades e críticas, a maioria não mostra soluções plausíveis para os problemas que eles mesmo apresentam. Interessante seria o pagamento de um salário mínimo para cada vereador, já que muitos possuem uma segunda fonte de renda, aliado ao conhecimento básico de leis, formação educacional mínima e, principalmente, interpretação de texto. Os dados aqui apresentados estão disponíveis no Portal da Transparência da Câmara Municipal e são públicos.

Com o temporal, tapumes esparramaram pela rua, indignando os vizinhos. Uma vergonha. Cerca de 200 mil já foram gastos. O ideal seria parar a obra e investir em algo mais útil.

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