Moradores reclamam da saúde em Primeiro de Maio
Recebemos, através do nosso e-mail, algumas manifestações sobre o sistema de saúde em Primeiro de Maio. Segundo as informações, “o descaso com a saúde é geral”. Fomos investigar e levantamos que muitas reclamações são verdadeiras. A lei prevê o gasto com 15% da arrecadação com o sistema de saúde. Porém, esse índice não está estaria sendo obedecido, segundo vereadores de oposição.
No início de outubro, a Prefeitura vetou o projeto de Lei 015/2022, que previa a disposição de um motorista e um enfermeiro para atender os postos de saúde da Vila Gandhi e do Ibiaci, com uma ambulância durante o expediente. Segundo o veto da Prefeita Bruna Casanova, “a matéria estava sendo discutida na Prefeitura e estavam sendo propostas formas diferentes para o atendimento da demanda. Como é matéria de competência da Prefeitura, o projeto foi vetado”.
No entanto, até o momento, a quase 60 dias após o veto, nada foi feito. Os distritos estão ao Deus dará e não possuem atendimento satisfatório. Quem passar mal deve se dirigir à sede do município, pois os distritos estão abandonados à própria sorte.
Não bastasse, os postos de saúde não possuem remédios básicos nas farmácias e não possuem rotina para a marcação de exames. Além disso, não possuem agenda de ônibus para consultas em Londrina. Segundo o Presidente da Câmara, Vander Coelho, o popular Limão, “os postos de saúde dos distritos estão a mais de um mês sem dentistas. Segundo ficamos sabendo, os equipamentos não funcionam e não possuem aparelhos para pronto atendimento, como inalador, medidor de pressão e diabetes. Os médicos aparecem apenas uma vez por semana e não conseguem atender todo mundo. Eles pouco podem fazer, pois não existem remédios e equipamentos. Nem funcionário para limpeza existe”, reclamou.
São obrigações de uma UBS – Unidade Básica de Saúde, o acesso à ações de promoção, prevenção e tratamento, relacionadas à saúde da mulher, da criança, saúde mental, planejamento familiar, prevenção ao câncer, pré-natal e cuidados de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além de fazer curativos, inalações e tomar vacinas.
Os funcionários reclamam ainda da retirada do adicional de insalubridade. Todos os profissionais da saúde possuem direito e a prefeitura de Primeiro de Maio teria cortado cerca de metade do adicional de insalubridade. Quem recebia 40% de insalubridade passou a receber 20% e, quem recebia 20%, não recebe mais nada. Os limites são estabelecidos em lei. No último dia 07 de novembro, dezenas de trabalhadores da saúde lotaram o recinto da Câmara Municipal para exigirem que os seus direitos sejam mantidos.