Sertanópolis

8 anos de maquiagem e bijuterias.Parte XIV: Funcionalismo Público

Em sua exagerada, descomedida, excessiva, hiperbólica, desmoderada e exabundante revista de final de mandato, o ex-prefeito Aleocídeo Balzanello afirma, na página 16, que o funcionalismo foi destaque. Alguém precisa lembrar esse cidadão que a valorização do funcionalismo vem desde os tempos do primeiro mandato do Reinaldo, passando por vários outros prefeitos. A confraternização, palestra motivacional e jantar dos servidores municipais que, disfarçadamente pode ser chamada de bingo, foi a forma encontrada dos prefeitos fazerem uma média com os trabalhadores. A capacitação foi motivo da construção, pelo ex-prefeito Reinaldo Ramos Reis, do CCPP – Centro de Capacitação Permanente dos Professores, uma ideia advinda da ex-diretora de Educação, Neide Babugia. Portanto, nada houve de novo. Apenas foram mantidas algumas conquistas que vinham a muito tempo.
A cesta de Natal que antes era física, com panetone, champgne e outros produtos natalinos (iniciada na Gestão Reinaldo), foi substituída por um cartão de Vale Natal, na gestão Tide. O valor foi substancialmente aumentado pela atual prefeita, Ana Ruth Secco. Ou seja: Algo que, se ele realmente quisesse valorizar o servidor, o ex-prefeito teria feito, mas não fez. Como é sovina, avarento e mão fechada, o ex-prefeito Aleocideo dava apenas uma mixaria, algumas migalhas. Poderia ter feito muito mais e a prova está aí: Ana Ruth passou de R$ 200, por cartão de Natal para R$ 550, um aumento real de 275%. E aí Sr. Tide. É mentira? Temos provas.
Outro aumento proporcionado pela atual administração foi o Auxílio Alimentação, uma lei de 2014, recauchutada em 2016. Aprovada pela Câmara de Vereadores da época e praticada em vários municípios brasileiros, consiste em fornecer uma ajuda de custo para complementar a alimentação dos funcionários e auxiliar o comercio local, uma vez que o Auxílio Alimentação somente pode ser utilizado em empresas do município.
Esse auxilio era proporcional à renda do servidor, com 4 faixas salariais, ou seja, aqueles que menos ganham, recebem mais. Os que recebem mais, tem um auxilio menor, uma forma de equilibrar a desigualdade salarial dos funcionários municipais. Esse auxílio passou a ser de R$ 250, para os que ganham menos e R$ 50, para os que ganham mais na gestão Tide para 395,89 na primeira faixa e de 79,17 para os que ganham mais. Decreto 007 de 20 de janeiro de 2023. Os cargos em confiança e os funcionários que recebem acima de R$ 2.638, não recebem Auxílio Alimentação. Durante os sete anos em que foi prefeito, Tide não reajustou em nenhum centavo o auxílio alimentação. Apenas no último ano, deu um ligeiro reajuste.
Não bastasse, foi Tide que criou a famigerada Lei da Vacância. Uma lei para manter trabalhando aqueles que se aposentaram. Ou seja, beneficiou alguns, enquanto muitos ganhavam pouco. Tide foi desleal, cruel e prejudicial aos mais necessitados. Tide não é o pai dos pobres, mas padrasto dos abastados. Não bastasse, a lei foi uma bomba que caiu no colo da atual prefeita e iria explodir no mandato de alguém, uma vez que, tanto o Ministério Público, quanto o Tribunal de Contas recomendaram a sua revogação pois era injusta e discriminatória. Enquanto alguns ganhavam dois salários (aposentadoria mais o salário mensal), a grande maioria recebia meros trocados. Você acha certo isso? Não. Ninguém em sã consciência pode concordar com a tal Lei da Vacância. Somente os que recebiam em dobro concordavam.
E alguns deles ainda teimam em voltar, criticaram a atual prefeita que foi obrigada (vejam vem: obrigada!) tomar uma atitude plantada pelo ex-prefeito Tide. Não foi Ana Ruth quem fez a lei. O autor se escondeu em casa, riscou o fósforo e deixou a bomba explodir. Uma atitude covarde e discriminatória com os funcionários que mais precisavam. Assim era o funcionalismo na época do prefeito coronel do Sertão. Pagava pouco, exigia muito, tirou emprego de jovens, pagou em dobro apenas alguns funcionários e se vangloriava do pouco que fazia.
Tem alguma coisa errada nessa matéria? Se tiver, por favor, venha provar o contrário. Até agora, foram 14 capítulos mostrando o castelo de areia que foi a ex-administração, a falsidade do ex-prefeito. Ninguém, nenhum cidadão nos desafiou, discordou. Sabem porquê? Porque é a verdade e temos provas.
Ele não.