Indústria Costa Rica retoma atividades em Sertanópolis
A indústria de confecções Costa Rica, que gera empregos para 70 profissionais em Sertanópolis voltou às atividades, após um período de 60 dias parados. Segundo Lucas Figueiredo, coordenador da equipe, “a paralisação foi por conta do coronavírus. Retornamos agora, tomando todas as precauções possíveis, como o uso obrigatório de máscaras, desinfecção das máquinas e equipamentos, distanciamento social, entre outras medidas preventivas”, explicou.
A Costa Rica está presente em 23 estados brasileiros e possui 52 lojas próprias, fornecendo produtos de excelência, fabricados com equipamentos de alta tecnologia e profissionais qualificados. Fundada no interior do Paraná no ano de 1998, a Costa Rica possui mais de 90 mil m2 de área construída, mais de 900 colaboradores, com produção de 1.000 toneladas de fio por mês, 1.000 toneladas de malhas e 150 mil peças de confecção. Além de uma planta industrial em Cambé, a empresa possui outras duas indústrias, em Nova Trento (SC) e Canelinha (RS). A empresa produz todo tipo de roupas em malha, como legings, blusas, agasalhos de moleton e outras peças. A Costa Rica também produz, sob demanda, peças para vários clientes de nível nacional.
Segundo a diretora da empresa, Daniele Sanchez, “sempre focados na expansão dos negócios, surgiu a ideia de interiorizar a produção de algumas peças. Optamos por montar uma fábrica na região de Londrina. Foi aí que surgiu o empenho do amigo e vice-prefeito de Sertanópolis, Edson Filho. Ele, de imediato, foi atrás do salão, da documentação e, em pouco mais de 15 dias, a indústria estava produzindo em Sertanópolis”, lembrou.
Edson Filho conta que não podia perder a oportunidade de trazer essa grande indústria geradora de empregos para a cidade. “Inicialmente a empresa empregou 30 profissionais. Conseguimos através do Sine e das redes sociais. Logo depois, conseguimos, junto ao Governo Estadual, a Carreta do Conhecimento, com apoio do Deputado Alexandre Curi. Várias pessoas que fizeram o curso de costura estão empregadas aqui. É lógico que a empresa ajudou no complemento da capacitação. Hoje trabalham na Costa Rica de Sertanópolis, mão de obra das cidades de Bela Vista, Primeiro de Maio e Ibiaci. São 70 empregos diretos”, comemorou.
OPORTUNIDADE
Um dos funcionários da empresa é Alan Santos. Ele participou do curso na Carreta do Conhecimento e antes de abraçar a oportunidade dada pela Costa Rica tinha uma vida diferente. Alan é homossexual, se prostituia e usava drogas. “Eu precisava de uma oportunidade. Larguei aquela vida e todos aqui me aceitam numa boa, sem nenhum preconceito”, disse. Os coordenadores da fábrica elogiaram o empenho e o serviço de Alan.
Outra que está satisfeita com o emprego é Carina Azevedo. Casada, mãe de dois filhos, estava desempregada até a chegada da Costa Rica. “Esse emprego caiu do céu. Hoje é importante para a renda da família que todos trabalhem”, lembrou. Carina é líder de setor e trabalha na Costa Rica desde o início das atividades a um ano atrás. No dia que nossa reportagem esteve na fábrica, Carina estava fazendo aniversário. A colega Luciana Caroline Ayres começou a trabalhar na Costa Rica em agosto de 2019. É auxiliar de revisão e já havia trabalhado em outras empresas de confecção. Estava desempregada até a chegada da Costa Rica a Sertanópolis.
NOVOS EMPREGOS
O vice-prefeito Edson Filho, principal articulador para a vinda da Costa Rica possui planos de incrementar ainda mais a geração de empregos. Segundo ele, “o que as pessoas precisam não é ajuda, bolsa. Elas querem apenas um emprego para ganhar o seu dinheiro dignamente, trabalhando e podendo viver a sua vida. Vamos continuar lutando pela geração de empregos em Sertanópolis, atraindo novas indústrias, valorizando a mão de obra local, oferecendo cursos de capacitação, com incentivo para industrialização”, completou.