Alvorada decreta crise de emergência hídrica
O Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência causada pela estiagem prolongada em Alvorada do Sul. A situação de emergência permitirá ao município solicitar recursos do governo federal para desenvolver um programa de renegociação de dívidas destinadas aos produtores rurais prejudicados pela seca, entre outras necessidades.
Através de uma portaria publicada no Diário Oficial no último dia 06 de outubro, 25 municípios em todo Brasil tiveram os decretos municipais homologados pelo Ministério do Desenvolvimento, enquadrando os municípios em estado de calamidade pública, em decorrência de prejuízos causados por fenômenos naturais. Alvorada do Sul foi o único município paranaense a ser beneficiado pela portaria federal.
Devido à quebra do milho safrinha, uma das principais atividades econômicas de cultura de inverno, Alvorada do Sul foi duramente atingida. O objetivo do decreto é ajudar os agricultores em virtude de financiamentos e contratos de venda antecipada de milho. Na safra de verão (soja), os agricultores já foram prejudicados, com a baixa produtividade, também devido à crise hídrica. Agora, com a quebra da safra de milho, a situação ficou insustentável. Segundo Reinaldo Neris dos Santos, técnico extensionista do IDR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Antiga Emater), “o prejuízo na produção da safra de milho, foi em torno de 70%, em nosso município. Entretanto, não parou por aí. A geada agravou a situação. Quando veio a geada, já tínhamos dado entrada no pedido, mas considerando os efeitos da estiagem e da geada, a quebra da produção ficou em torno de 90%. Houve lavouras que nem compensou colher”, lamentou.
O Prefeito de Alvorada do Sul, Marcos Antônio Voltarelli (Pinduca), lembrou que reconhecimento federal vem minimizar os efeitos da estiagem e da geada. A portaria federal somente foi alcançada devido o empenho da Defesa Civil e das secretarias de Agricultura, Ação Social e Administração e Finanças. Ele garantiu que será possível acessar recursos para o custeio de cestas básicas para os trabalhadores que ficaram sem trabalho, caixas d’água para os ribeirinhos que vem sofrendo com a estiagem, além dos ribeirinhos. “Houveram algumas minas que chegaram a secar”, disse o prefeito.
Os recursos também devem servir para a locação de caminhões pipa e a compra de óleo diesel para atendimento emergencial. “Uma série de benefícios que não queríamos estar pedindo, mas devido a situação, será necessário”, lamentou.