Administração Municipal de Porecatu não agrada
Tido como um “Salvador da Pátria”, o Prefeito de Porecatu, Fábio Luiz Andrade, foi eleito com uma votação estrondosa. Ele obteve astronômicos 75,82% uma das maiores votações de toda história do município. Junto com ele foram eleitos nada menos que sete candidatos a vereadores pela coligação da qual fazia parte. Apenas os vereadores Renan Pontes e Ninho foram eleitos pela oposição.
Hoje sua base na Câmara Municipal está reduzida a apenas 3 ou 4 vereadores. As únicas certezas são o irmão, Carlos Henrique Andrade e Wilsinho Azinari, que até então tinha um parente na administração. Esse parente foi exonerado no final de agosto e não se sabe a posição que o vereador tomará. O restante dos vereadores são uma incógnita e podem, a qualquer momento, se rebelar.
Desde que assumiu, agindo de forma deslumbrada, Fábio, ou Prof. Fabinho, vem colecionando uma série de contratempos. Contratou, em 2017, para o Festival de Inverno da cidade, a Banda Titãs, utilizando verba federal que poderia ter sido usada em outro tipo de atividade. Enquanto contratava shows de nível nacional, deixou de repassar recursos à Banda Santa Cecília, formada por músicos locais, que tocavam de forma voluntária, sem cobrar nada. Queriam apenas recursos para a manutenção dos instrumentos e alimentação após os eventos. Mesmo assim, Fábio deixou de repassar os recursos e agora a Banda amarga o ostracismo.
Por ser professor, foi justamente na área da educação seu maior abandono. Sem repasses, o Lar Infantil Maria Helena (uma creche) e o Albergue Noturno de Porecatu (que cuidava de pessoas carentes), mantidos por uma entidade filantrópica espírita, acabaram fechando as portas. Também foi durante sua gestão que a Escola Franco Pasine foi fechada. Em seu lugar, foi transferida a Escola Municipal Tiradentes, que antes estava no Centro de Projetos Menino Mateus. Outro descaso com a educação municipal foi o fechamento da Biblioteca Pública Municipal. Outro local abandonado na área da cultura é o antigo cinema, cujo prédio está largado às moscas.
Algumas promessas de campanha, como a quadra de Futevôlei do Jardim Paranapanema, localizada na pracinha da Capela N. Sra. de Belém estão abandonadas. O Ginásio de Esportes Isaac Jabur, conhecido por “Macacão” teve as obras de sua reforma iniciada, porém está parada ou quase parando. Ninguém sabe quando irá terminar. Até o recape da Avenida Paranapanema foi realizado, mas de forma incompleta. Um trecho, chegando próximo ao novo trevo na rodovia encontra-se em péssimo estado de conservação.
Se no ano passado o Festival de Inverno teve a presença dos Titãs, este ano foi cancelado. O evento fazia parte do Calendário de Eventos oficiais de Porecatu e estava marcado para acontecer entre os dias 02 e 08 de julho. Também foi cancelado os Jamps (Jogos Abertos Municipais de Porecatu), que estava marcado para ser realizado entre os dias 16 a 31 de julho. Os jogos são tradicionais na cidade e tinham 40 anos de atividade.
Mas, nada se compara ao que acontece na área da saúde. O Prefeito resolveu ceder, em comodato, o Hospital Municipal para um grupo de médicos. Porém, além dos médicos utilizarem toda a estrutura do local, ainda vão receber cerca de 400 mil reais mensais. Não bastasse, o Prefeito também prometeu uma reforma completa no hospital, para pessoas de fora trabalharem. As ambulâncias novas foram para os Postos de Saúde. Ao hospital, coube apenas uma ambulância usada e combalida. A grita é geral. A população é colocada em ônibus e vans e segue todos os dias para cidades da região que possuem melhor estrutura na área da saúde.
Ao assumir, o Prefeito reclamou muito da quantidade de precatórios que haviam para o município pagar. Porém, a dívida foi renegociada e os valores pagos atualmente são compatíveis com a arrecadação do município. Outro grande complicador para a vida do município foi o fechamento da Usina Central do Paraná, que proporcionava uma grande quantidade de empregos. Isso afetou sobre a vida econômica do município.
Recentemente, o Prefeito Fábio Luiz Andrade contratou uma empresa de pesquisa para que fizesse um levantamento sobre sua popularidade. Entramos com um pedido de informação sobre o resultado da pesquisa, mas, até o fechamento desta edição, ainda não havíamos recebido o resultado. Vamos insistir, pois a pesquisa foi paga com dinheiro público e, dessa forma, o resultado deve ser de conhecimento público. Uma fonte não oficial, nos informou que o resultado foi frustrante e, que se não houver alteração nos resultados, a aprovação do prefeito caiu pela metade de sua votação. Assim que obtivermos os resultados, iremos divulgar.