Porecatu

Gaeco faz operação em Porecatu

Investigação afastou o Presidente da Câmara de Vereadores de Porecatu, Alex Tenan (PTB), na última quarta, dia 10, a pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial do Combate ao Crime Organizado) de Londrina, numa investiçã de possível concussão (crime praticado por político que exige vantagem indevida), corrupção e associação criminosa que envolve também o ex-prefeito Walter Tenan, tio de Alex.

            Segundo o Coordenador do Gaeco em Londrina, Jorge Barreto da Costa, o Presidente da Câmara, Alex Tenan estaria utilizando o cargo público para retaliar o Prefeito de Porecatu, Fábio Luiz Andrade (PSD). Ele não teria aceitado participar de um esquema que o vereador e o tio dele seriam beneficiados, com terrenos de um loteamento em execução no município. O empresário também estaria sendo coagido.

            De acordo com a investigação, o caso remonta à época que Walter Tenan era prefeito. Em 2011, Tenan e o ex-procurador do município teria pedido ao empresário a posse de 30 terrenos do Loteamento Jardim Monte Cristo e o valor do pedido chegaria a R$ 1,5 milhão, de acordo com o MP. Caso o empresário não atendesse, os agentes públicos ameaçavam desapropriar o terreno do empreendimento. O empresário chegou a ceder, mas as transferências dos terrenos não se concretizaram. Segundo o Gaeco, “essa exigência, num primeiro momento, seria cumprida mediante contratos de compra e venda em nomes de laranjas. Mas o loteamento não foi para frente e os lotes não foram entregues”, explicou Jorge Barreto.

            Em 2022, o loteamento voltou a ser proposto, com outro nome: Jardim São Miguel. Os envolvidos procuraram novamente o empresário e pressionaram para que entregasse os terrenos. O atual prefeito foi abordado para atuasse no sentido de forçar o empresário a entregar os terrenos, prometendo vantagem indevida para Fabinho, que teria direito a cinco terrenos. Porém, o Prefeito Fábio Luiz Andrade não aceitou participar do negócio escuso e denunciou o caso no MP.

            Fabinho passou a ser perseguido pelo Presidente da Câmara, que estaria utilizando o cargo para pressionar o prefeito, com o encaminhamento de ofícios e outros expedientes, questionando atos do Poder Executivo sobre o loteamento.

            Além do afastamento do Presidente da Câmara, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Londrina e Florestópolis. Até o fechamento desta edição não havíamos conseguido contato com os envolvidos.