Prado Ferreira

LEPERA: a maior indústria de Prado Ferreira fecha as portas

            Os trabalhadores, cerca de 300 funcionários, após retornarem de suas férias coletivas, encontraram uma empresa em Prado Ferreira com as portas fechadas. O Fundo de Garantia não teria sido depositado há mais de um ano, embora estivesse sendo descontado na folha de pagamento dos trabalhadores.  Até o momento, nenhum tipo de acerto teria sido realizado. O Jornal da Cidade entrou em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos de Londrina e Região e, segundo o Presidente da entidade, Sr.  Valdir de Souza, juntamente com a advogada do Sindicato, Dra. Cristiane Bergamin, informaram que o Sindicato já ingressou na Justiça com um pedido de bloqueio dos bens, maquinários e imóveis da empresa Lepera para garantir o futuro recebimento das verbas não pagas aos trabalhadores, pois sequer os dias trabalhados no último mês foram quitados.

            A empresa era líder na fabricação do segmento de plásticos para baterias de carros e estava instalada no município de Prado Ferreira (próximo a Jaguapitã), a cerca de cinco anos. Os funcionários estão revoltados com a situação e prometem recorrer para que, no mínimo, sejam preservados os direitos trabalhistas, como recolhimento de encargos sociais e o pagamento de salários atrasados.

                Na época da instalação da indústria, a disputa para a vinda do empreendimento foi acirrada entre os municípios de Prado Ferreira e Jaguapitã. Nos bastidores, os prefeitos das duas cidades procuraram oferecer as melhores condições para a instalação da indústria. Além de funcionários residentes em Prado Ferreira, trabalhadores de outras cidades também se deslocavam de seus municípios para ocuparem as vagas criadas pela indústria. Haviam trabalhadores de Jaguapitã, Florestópolis, Porecatu e até de Londrina, cidades próximas a Prado Ferreira, a maioria pais e mães de famílias que foram lesados pela empresa.

A Lepera dava 300 empregos diretos e fabricava materiais plásticos para baterias. A empresa não teria recolhido os encargos sociais e advogados do Sindicato conseguiram bloquerar os bens para pagamento das dívidas trabalhistas.