Sertaneja: Em oito meses, do progresso ao descaso
Em apenas oito meses, o município de Sertaneja, uma das cidades da região que obteve o maior índice de desenvolvimento da região, passou, de uma cidade próspera e evoluída, para um município em situação difícil. Obras entregues no final da gestão anterior não estão sendo utilizadas. A administração alega que não possui dinheiro em caixa.
No entanto, a administração passada afirma que deixou dinheiro em caixa, com todas as provisões devidamente encaminhadas. O que estaria acontecendo então? Incompetência, falta de conhecimento, administração lenta (ou quase parando)?
O que não podemos é deixar de constatar a falta de agilidade da atual administração. Uma parte do problema vem da má escolha dos secretários de Samuel do Prado. Acostumado ao clima de rodeio, onde, quando chegava, já estava tudo pronto e funcionando, na administração pública não é bem assim. É preciso empenho, pessoas capacitadas, principalmente nos pontos chaves da gestão municipal. Uma parte do atual secretariado veio da administração Jamison. Porém, eles pouco podem fazer se existe desconhecimento e incompetência, principalmente por parte do Prefeito e do atual Secretário de Administração, pessoas chaves na gestão municipal. Aí fica difícil gerir, tocar o barco prá frente, fazer a máquina pública andar.
Na semana passada estivemos em Sertaneja e o que vimos foi um abandono geral. Nas ruas, montes de entulhos, nenhuma obra a ser mostrada, funcionários insatisfeitos com a administração, absoluta falta de empenho por parte dos secretários. Na praça, populares estão insatisfeitos com os rumos da administração Samuel do Prado. Segundo eles, tudo está parado e a cidade aparenta ter sido abandonado, em troca de infindáveis viagens à capital.
Até mesmos os vereadores estão descontentes. Quem era oposição, agora agarra-se aos escrotos (para não dizer um palavreado mais chulo). E assim vai se tocando a vida. Uma pena, pois, a alguns meses atrás Sertaneja estava em constante progresso e, quase num passe de mágica, deixou tudo para trás e descontinuou várias oportunidades de avanço. Nossa missão é continuar fiscalizando, mostrando, criticando e, se possível, elogiando. Por enquanto, elogiar está difícil.